A Procura da Mente

Adquirido:
Caracteres adquiridos, caracteres que o indivíduo não possuía ao nascer e que a adaptação ao meio fez surgir.
 
Behaviorismo 
Corrente de pensamento que defende o estudo de comportamentos observáveis como constituindo a base para a investigação e estudo em psicologia, em vez dos chamados processos mentais não acessíveis à observação exterior.
 
Cognição
Conhecimento, crenças, pensamentos e ideias que as pessoas têm acerca delas próprias e do ambiente à sua volta. Pode igualmente referir-se aos processos mentais através dos quais é adquirido esse conhecimento, incluindo a perceção, a memória e o pensamento. 
 
Comportamento 
Tudo aquilo que as pessoas fazem no concreto e que pode ser objetivamente observado e medido.
 
Consciência
De acordo com o sentido moral a consciência é um princípio inteletual que nos permite apreciar a diferença entre o bem e o mal e garante o exercício do livre arbítrio. De acordo com o sentido metafísico, a consciência remete para a aperceção através da qual o Homem se conhece a si próprio numa visão interior. Por fim, de acordo com o sentido psicológico, o espírito define-se pela consciência, instrumento não equívoco tanto do conhecimento do mundo como de si, acessível pela introspeção.
 
Continuidade
As nossas caraterísticas físicas e psicológicas evoluem por um processo de crescimento semelhante ao que ocorre com a estatura e o peso. Quer dizer, as alterações são graduais e de natureza aditiva.
 
Descontinuidade
As modificações ocorridas ao longo da vida correspondem a processos de transformação qualitativa, que dá origem a estádios de desenvolvimento de natureza diferente que, em correlação com a maturação orgânica, se vão construindo ao longo da vida. 
 
Estabilidade 
Há todo um conjunto de traços, reações, expressões e modos de falar que se mantêm os mesmos e que nos permitem identificar a pessoa como sendo quem é e prever os comportamentos que dela são únicos. No fundo, cada pessoa permanece idêntica a si própria o que permite reconhecê-la nas mais diversas circunstâncias. Para lá do que nos aparece de diferente em cada pessoa, existe uma individualidade específica e regular de um eu que apresenta uma certa permanência, uma certa constância no decurso do seu desenvolvimento.
 
Identidade 
 Conjunto de atributos que conferem um caráter único a um ser. 
 
Inato    
Característica que o indivíduo apresenta à nascença, de forma manifesta ou latente, e que não resulta da aprendizagem ou de outra ação do meio. Opõe-se a adquirido.
 
Inconsciência
Operações mentais e representações inacessíveis à consciência do sujeito. Foi o médico austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que criou com valor psicológico esta noção para explicar o funcionamento da mente humana, valorizando o papel das motivações ou impulsos não conscientes como modelo explicativo do comportamento e dos distúrbios de personalidade. O inconsciente é o sustentáculo do consciente. Para aceder ao inconsciente, Freud criou um método com várias técnicas. A interpretação dos sonhos era uma dessas técnicas. Os sonhos são máscaras de desejos inconscientes. Compreendê-los significa descobrir as reais razões que explicam os distúrbios do psiquismo.
 
Individual
O individual centra-se na consciência, no inconsciente, no desenvolvimento e no comportamento, encaram seres humanos na sua individualidade e procuram explicar os seus mecanismos psicológicos sem qualquer referência ao meio social em que cada um está integrado.
 
Integração
Significa o estabelecer de formas comuns de vida, de aprendizagem e de trabalho entre pessoas deficientes e não-deficientes. Integração significa ser participante, ser considerado, fazer parte de, ser levado a sério e ser encorajado.
A Integração requer a promoção das qualidades próprias do indivíduo, sem estigmatização e sem segregação. Realizar pedagogicamente a integração significa, seja no jardim-de-infância, na escola ou no trabalho, que todas as crianças e adultos (deficientes ou não) brinquem / aprendam / trabalhem de acordo com o seu próprio nível de desenvolvimento em cooperação com os outros" (Steinemann, 1994:7).
 
 
Mentalismo
Refere-se àquele segmento de estudo que se concentra na percepção mental e nos processos do pensamento, semelhante à psicologia cognitiva (oposto ao behaviorismo).
 
Mente
Estrutura organizativa de processos psíquicos. Entidade que nos permite pensar, sentir e agir com finalidades, intenções, com uma natureza autorreflexiva.
 
Mudança
A mudança é uma realidade. Sabemos que ser criança não é o mesmo que ser adolescente. Ao longo da vida passamos por alterações que determinam etapas qualitativamente diferentes no percurso que efetuamos. As mudanças cognitivas por que somos obrigados a passar, e que fazem com que cada etapa percorrida no nosso desenvolvimento se caracterize por formas de pensar, sentir e agir diferentes das que caracterizam as outras etapas. Também mudamos porque as circunstâncias da vida nos obrigam a mudar. Ninguém nasce predestinado a ser uma estrutura rígida, mantendo-se invariável ao longo do tempo. Somos uma estrutura dotada de elasticidade. Mesmo depois de construída a nossa identidade, não significa que se fique com uma personalidade rígida, pois o individuo continua a ter de reorganizar em cada momento os elementos integrantes da sua personalidade, ajustando-os às diversas circunstâncias do meio.
 
Necessidades
Impulsos inatos que nos movem na eliminação das carências básicas relacionadas com a sobrevivência. 
 
Representação
Estrutura cognitiva que reflete, no sistema mental, uma parte do universo exterior a esse sistema; ação de tomar o lugar ou de simbolizar alguma coisa. Os processos psicológicos não são o espelho do mundo externo, mas uma representação dele. 
  
Situação
Conjunto de elementos do meio considerados durante um determinado período de tempo.
 
Social
Com o aparecimento da psicologia social, desenvolve-se a convicção de que o individual puro não existe, na medida em que todos os indivíduos são seres sociais. Se somos humanos, somos seres sociais. O individuo emerge de contextos sociais, culturais e históricos que o ajudam a ser aquilo que é e a ver o mundo da maneira como o vê. Para se compreender, o ser humano tem de ser perspetivado no contexto social de onde retira a sua identidade, as suas representações, o seu modo de se exprimir, ver, pensar e reagir a situações e acontecimentos. Quando se fala da individualidade do ser humano, está subjacente a ideia de que cada pessoa se desenvolve pela intervenção das coletividades sociais que lhe moldaram a sua essência e que, por isso mesmo, estão presentes em tudo aquilo que ele faz.